REDUNDÂNCIAS
Parece que uma senhora anafada, ao que consta secretária de estado da educação e, ao que é legítimo pensar, especialista em estatizações, vai fechar 268 turmas do ensino privado no ano lectivo 17/18. Isto deve-se ao facto de a PGR lhe ter dado com os pés numa série de critérios. Caso contrário, a dita senhora, dona Alexandra Leitão, teria fechado muitas mais, virtualmente, ou tendencialmente, todas. É d’homem, perdão, de mulher!
Mas, desculpando-se de ter fechado tão poucas turmas, insinua que a culpa é da PGR.
Mais informa, e aqui é que bate o ponto, que a sua heróica decisão (fechar as tais 268 turmas) vai significar uma “poupança” de 21,5 milhões. Tal poupança quer dizer que os privados que tinham contrato recebem menos essa importância, mas não significa que o Estado a poupe, a não ser que a senhora ache que os alunos que passam para o público ficam de borla, ou seja, que o Estado, ou os manda para casa ou não gasta um chavo com eles, o que é notabilíssimo.
Pondo o assunto como deveria ser posto, havia que fazer a diferença: abater às poupanças o que as tais 268 turmas vão custar ao Estado. Algo me diz que estaríamos perante uma enorma surpresa. Deve ser por isso que a dona Alexandra põe tais contas (que devem existir) debaixo do tapete, a fim de não impressionar o indígena.
Registe-se ainda o lamento da chamada governante quanto à redondância, com licença, redundância: diz ela que meia dúzia das turmas ora “autorizadas” são redundantes.
Uma opinão do IRRITADO: redundantes são as públicas. E um conselho: fechem-nas. Aí pouparão de certeza.
A título informativo, diga-se que é intenção da nobre criatura, para 18/19, acabar em defintivo com os contratos. A geringonça nos caminhos do sovietismo.
30.5.17