SANTOS SILVA – A CANDIDATURA
Hoje, em magistral artigo, JMTavares denuncia a brutalidade do Augusto Santos Silva na diatribe furibunda com que tratou AJSeguro na entrevista em que ontem tratou de o aruinar como eventual candidato a PR. Foi demais. Mas foi, valha-nos isso, esclarecedor. O bruto inventou um novo Presidente. Traçou-lhe um formidável perfil, tantos foram os poderes, as funções, as dignidades, as prerrogativas e mais não sei quê, que lhe atribuiu. O PR passou a ser chefe diplomático, comandante da tropa, dominador dos PALOPS, professor de moral, representante máximo de tudo e mais alguma coisa, etc.. AJSeguro passou a mero desgraçado, talvez bom para adjunto do presidente de uma Junta de Freguesia em Trás os Montes. Ou nem isso.
O que vai na cabeça deste monstro? É simples. Temos diante de nós o mais importante candidato à Presidência, o candidato do “verdadeiro” PS, o PS de Sócrates, o PS de Costa, o PS dos obscuros bastidores, da geringonça, do oportunismo, o PS sem escrúpulos, sem limites políticos, o PS capaz de desvalorizar as vitórias dos outros e levar ao altar as suas próprias derrotas, o PS do vale tudo, o PS que atropela, que “malha”, que destrói, que arruina.
A S.Silva só faltou acrescentar (ou, sem o dizer, acrescentou) que, no perfil napoleónico que definiu, só cabe um homem, ele mesmo. Qual Seguro, qual Vitorino, qual Almirante. Algo de mais alto se alevanta, ele ali está, à disposição do futuro e à recuperação do passado que serviu caninamente, o passado dos grandes e admiráveis líderes, a saber: Sócrates e Costa, a quem sempre foi ferozmente fiel.
O IRRITADO não dá às presidenciais importância de maior. São um erro crasso da Constituição que ainda ninguém se lembrou de emendar. O sufrágio universal para a Presidência, ou serve para eleger o chefe do governo, como em França, ou para nada, ou quase. O representane máximo do protocolo do Estado é, na Europa a que pertencemos, ou um Rei, ou um Presidente, ambos parlamentarmente confirmados ou eleitos. No nosso infeliz caso serve para invenções mais ou menos ridículas, para arranjar lutas e chatices eleitorais sem sentido e para dar terreno a galifões.
É nisto que andamos.
11.2.25