SÃO MANAS!
Não sei se repararam no cortejo brasileiro de lançamento do segundo mandato da dona Dilma. Nada de especial, não é? Um Rolls de certa idade, uma tipa gorda vestida de rendas e bordados (parecia uma almofada de lupanar), uma pequena multidão para ela saudar e mandar a reportagem ao mundo, uma pirosada sulamericana - à excepção do Rolls. Tudo normal. Na frente da nobre viatura, a matrícula, a condizer com a patroa, rezava: PRESIDENTA DA REPÚBLICA.
(À laia de apontamento, talvez fosse de sugerir ao Prof. Cavavo, quase tão possidónio quanto a Dilma, que pusesse no carro presidencial uma tabuleta a dizer PRESIDENTO DA REPÚBLICA. Por uma questão de justiça e de decoro, convenhamos que o homem não cairia nessa, mesmo que tal lhe apetecesse).
Por cá, temos uma imigrante que usa do mesmo tipo de respeito pela língua: nada menos que a excelentíssima PRESIDENTA de uma fundação, ali para os lados do Campo das Cebolas.
Duas fulanas que, pior que ignorantes, são assassinas da língua. Desta da presidenta nem os tipos do acordo ortográfico se lembraram, ainda que não tenham hesitado em se pôr a jeito e encher o Português de brasileirismos, coisa que os brasileiros, com razão e gozo, devem achar digna da maior troça.
Facto é que, uma foi eleita Presidente da República Federativa (outro primor linguístico) do Brasil, outra foi contemplada com a Casa dos Bicos. Uma diferença: a primeira foi eleita pelo povo, a outra ninguém elegeu, nem ninguém perguntou a ninguém se achava bem que uma preciosidade lisboeta fosse dada, devidamente adaptada - à nossa custa - aos desejos da espanhola, uma fulana antipática, pesporrente, esquerdófila – a meter-se na nossa vida ao mesmo tempo que despreza a língua – , a impingir publicamente o castelhano a partir da grande “altura” “nacional” que lhe foi conferida pelo camarada Costa.
A malta, entretida com as visitas a Évora, as gravações do GES e a trampa da casa dos segredos (outra mulher “notável”, a patroa de tal casa), não dá por estas coisas.
Sem qualquer esperança, o IRRITADO permite-se chamar a v. atenção para estes tristes factos.
2.1.15
António Borges de Carvalho