SAÚDE SOCIAL, OU SAÚDE SOCIALISTA?
Muito se tem falado na “reforma” do arruinado Serviço Nacional de Saúde, isto é, do serviço de saúde que o PS arruinou.
O Largo do Rato nomeou uma comissão de sábios socialistas, chefiados pela dona Maria de Belém, para fazer o salvífico plano da coisa. A senhora apresentou o produto da encomenda às esquerdíficas autoridades partidárias, as quais tiveram oportunidade de, com merecido gáudio, o deitar para o lixo sem mais explicações, considerações, discussões ou conversações. É que, parece, a dona Maria faz parte de uma espécie que urge extinguir, ou seja, a espécie soarista, coisa dum passado em que, apesar de tudo, o partido ainda tinha alguma abertura para a sociedade e algum apreço pelas sua iniciativas e tendências.
Na sua actual versão, o PS é partido de funcionários, burocratas, penduras garantidos, arregimentados e bem tratados. O “socialismo democrático” foi substituído pelo do esquerdismo da santola, que o lagostim está caro e o caviar ainda mais.
Assistimos a uma discussão que nada tem a ver com a saúde das pessoas, nem com a melhor maneira de a defender. O único tema é o “mais público ou mais privado”, independentemente da melhoria do serviço prestado, da sua viabilidade, da mera lógica das coisas. O “pensamento” do PS & Cª é este: o que for público é bom, o que for privado é mau. Nada no meio, nada de bom senso, nada de liberdade para os cidadãos, que dela não precisam e, para já, em termos de saúde pública, quanto ao resto... vai por fases já em curso, talvez lentas mas seguras e eficazes. Como diria – já disse – a rapariga ora encarregada do serviço, é uma questão de ideologia, não de saúde, de gestão, ou seja do que for. Donde se conclui que, se a ideologia curasse, haveria para aí saúde aos pontapés, como sucede em todos os cantos do mundo onde o Estado se apoderou de tudo, garrotando a sociedade.
É, como diz rapariga da cultura acerca dos toiros, uma questão de “civilização”. Da “civilização” coreana do Norte, da “civilização” cubana e de outras conquistas socialistas do género.
E não me venham atirar à cara com os serviços de saúde de países democráticos, que nada têm a ver com os projectos da geringonça.
17.1.19