SURPRESAS?
As eleições para o Parlamento Europeu foram férteis em novidades, não em surprezas. O PE continua o maior, mas mais pequeno, os socialistas levaram na tola, os populistas (ecologistas, nacionalistas, demagogos de várias famílias) subiram. Ninguém sabe no que isto resultará em termos de poder. O mais provável é que fique tudo na mesma, com mudanças de nomes que acabarão por dar em nada, e ainda bem. O poder não está em Estrasburgo, mas em Bruxelas.
Por cá, a pior de todas as surpresas (não novidades) foi o discurso do senhor Rio. Perante a evidência gritante do resultado da sua “liderança”, ao contrário do que alguém pensaria, o homem não caiu em si. Fingiu que o derrotado não era ele, já que reafirma a política suicida que tem caracterizado o seu desgraçado mandato. O sonho do homem é o de realizar o impossível: democratizar o PS, e unir-se a ele para, diz, fazer as grandes reformas que lhe vão na cabeça.
O Costa deve ter dado saltos de alegria com a perspectiva de vir a dar-lhe com os pés quando lhe apetecer, ou a servir-se dele quando lhe convier.
Rio é casmurro como um asno. Não é capaz de sair da sua paróquia, não tem sombra de rasgo, de carisma, de ideia inovadora, não percebe o que é ser oposição, faz asneiras atrás de asneiras, devastou o PSD. Faz política de pernas para o ar.
Quem acode?
28.5.19