TAXARIA NACIONAL
Com grande estardalhaço mediático, os transportes de Lisboa passaram a ser geridos pelo Medina, em vez de pelo chamado ministro da pasta. Fica, pelo menos em parte, explicada a catastrófica situação a que tais transportes têm sido conduzidos pela geringonça. Atira-se agora ao consumo da plebe uma mezinha: a CML, do alto da sua competência, vai tratar do assunto; daí que, como por encanto, passará a haver bilhetes no Metro, os autocarros passarão a não ter avarias, serão mais rápidos, mais frequentes, mais cómodos, etc.
O “contrato” com a CML estipula que os milhões da dívida da Carris e do Metro serão assumidos pelo Estado, sendo entregue à CML, do ponto de vista financeiro, só galinha da perna. Grande malha!
Fácil será ver o que se segue. Sem dívidas, fácil será ao senhor Medina voltar ao doce convívio da banca, e re-endividar-se consoante as necessidades e as conveniências. Isto, se calhar, sem prejuízo das habituais “indemnizações compensatórias”. Se não chegar, há sempre, como no exemplar caso da taxa de “segurança”, mais uma taxa - imposto que não precisa de aval parlamentar mas que, chamem-lhe o que quiseram, irá sempre parar à conta dos mesmos.
Substancialmente, o que se vai passar é que a gestão dos transportes continuará a ser feita pelas mesmíssimas pessoas, só que sob a autoridade de um vereador, ou seja, tudo ficará como está, só que, é de calcular, muito mais caro. Veremos.
27.11.16