DOS DIREITOS COM PATAS
Tinha dedicado este espaço a duas brilhantes escolhas de Rui Rio para a cúpula política do PSD: uma parvalhona inqualificável, suspeita de várias trambiquices e mísera traidora do partido, e um suspeito de fraude eleitoral e não só. Tanto uma como outra destas inacreditáveis escolhas já estão por aí bem caracterizadas e despidas, leia-se denunciadas, para que alguém precise, a este respeito, das observações do IRRITADO.
Mais vale mudar de assunto e voltar a uma história de que já me fiz eco: a decisão unânime dos nossos deputados de autorizar a doce presença de caninos durante as nossas refeições em locais públicos. À altura, por mero divertimento, vaticinei que outras espécies poderiam partilhar do nosso gastronómico convívio. Segundo as notícias do dia, porém, o meu exagero nada tinha de exagerado. Era profético. É que os senhores deputados estenderam a coisa muito para além das cinorefeições. Doravante, poderá o leitor levar para os restaurantes petfriendly não só cães como lagartos papagaios, iguanas, jacarés amestrados, o que preferir, para além, como é óbvio, das respectivas carraças, pulgas, piolhos e outras simpáticas espécies. Consta que o tipo do PAN distribuirá gratuitamente fichas de inscrição no partido a todos e que, após aprofundado estudo e filiação em massa, produzirá um decreto destinado a consagrar o direito de voto, primeiro aos papagaios, mas extensível a curto prazo pelo menos às carraças.
18.2.18