TRAMOIAS
Há já uma data de anos, um ministro do PS, tendo caído uma ponte, demitiu-se. Foi (e é-o ainda, quando dá jeito) elogiado pelo seu “sentido de Estado”, coragem, desapego do poder, honestidade, superior sentido da responsabilidade, etc. Muito bem. A ponte caiu, era gerida pelo seu ministério, o ministro caiu com ela. Como é evidente, o homem não tinha nada a ver com o assunto, a não considerar-se institucionalmente responsável.
Faça-se agora a comparação com a espernéfica senhora que chefia o PS/europeias. Ao fim de umas semanas de presença nas notícias não há quem não esteja farto das saltitantes gargalhadas da senhora, das gabarolices do Covide (quem tratou do assunto foi o almirante) e do seu total desconhecimento do caso das miúdas brasileiras. Que ideia! Era ministra da saúde mas não fazia nem faz ideia. Nem de longe nem de perto. Pois. A senhora não sabe, nem aprendeu com camarada da ponte, o que é a responsabilidade institucional. Nem tem que pedir desculpa. Nem de se demitir, que horror!, do cargo de deputada nem de cabeça de lista do PS, nem do seu garantido lugarzinho de deputada europeia. Que ideia!
Aprendam, rapazes, esta lição de coerência política e pessoal.
7.6.24