UM BICHO
Diz quem sabe, ou é suposto saber, que, de Janeiro a Maio de 2022, houve mais de dois milhões de baixas médicas. Um aumento de 82% em relação ao ano passado.
Que pensar? Houve um surto nacional de febre amarela, de raiva, de varíola dos macacos, de covide, de doença do sono, de poliomielite ou de outra coisa qualquer, tudo ao mesmo tempo? Não houve.
Então o que houve? Os médicos, que se dizem - e se calhar são - maltratados, decidiram vingar-se da ministra & companhia, e vai de dar baixas a torto e a direito? Houve um surto de preguiça? Os computadores da segurança social avariaram?
Diz-se que, mais uma vez, a culpa é do covide, mas ninguém sabe ao certo, ou ao errado. O que se sabe é que a coisa custou mais 40% do que no ano passado, cifrando-se em 445 milhões de euros. Se se somar os dias de trabalho a menos, ou de descanso a mais, não sei onde a coisa vai parar. A prolongar-se esta tremenda crise sanitária, chegaremos ao fim do ano com 1.068 milhões gastos em baixas. Fora o resto.
Estará a Organização Mundial de Saúde a par desta situação? Não está. Se estivesse, o melhor seria mandar fechar o país para defender a saúde universal.
É que, convenhamos, um aumento de 82% em doentes é caso para considerar anda por aí um bicho qualquer dos muito perigosos. Ai anda anda!
26.3.22