UM DIA EM GRANDE
Ontem, assistimos a um autêntico festival da geringonça. No seguimento das declarações “parvas” do chamado primeiro-ministro e da sua papagueadora Mendes (a que o IRRITADO já prestou as devidas honras), os reaccionários da geringonça tiveram por conta os noticiários e os opinantes de serviço.
O careca factotum das esquerdoidas na primeira página mais três do Público e em mais uma do DN; aquele tipo que dizia que se estava nas tintas para o défice e a dívida e que havia de pôr o Schäuble de joelhos convidado para grande entrevista na balsemónica TV, condenatório e ordinário inquisidor...
Tudo repetido à saciedade de meia em meia hora a hora em todos os canais...
E isto para falar só dos “órgãos de informação” que folheei ou vi.
A culminar o ramalhete “informativo”, a oposição à oposição teve por conta o triângulo da quadratura, onde, a somar às habituais diatribes do Pacheco e do Coelho, tivemos a colaboração prestimosa do Xavier, com certeza ansioso por criar “pontes” para o outro lado, excedendo-se em ditirâmbicas baboseiras sobre o “estado” do PSD, dando umas dentadinhas ao CDS, e safando o Expresso (a SIC deve pagar bem...) da culpa de todas as confusões e o Costa de ter andado um mês a brincar às escondidas com os cadáveres. Falta citar, entre outros, a desgraçadinha da ministra e a série de inanidades que proferiu, bem demonstrativas de que já aprendeu umas coisas no que se refere a fazer oposição à oposição em vez de informar. Mais um “acontecimento” a rechear os noticiários de matrerial geringonçico.
Sejamos justos: as mesmas televisões, dando largas à sua “independência” e ao seu “pluralismo”, contemplaram a oposição com dois ou três segundos aqui e ali.
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Entretanto, dando largas à operacionalidade do governo e das suas agências, ficámos a saber mais uma importante novidade: as instâncias que tratam da nossa “segurança” souberam do roubo das armas pelos jornais. Não me parece que a culpa, desta vez, fosse do SIRESP, uma vez que, segundo consta, os tipos do SIRP, do SIS, da protecção civil, do exército e de outras lojecas, têm um telemóvel e até, imagine-se, dispõem de internet e outras modernices. Mais uma demonstração evidente da forma competente, atempada e eficaz como estas matérias são tratadas sob a égide do governo do PS, comunas e esquerdoidas.
Mas isto, que seria matéria para correr com uma data de gente em qualquer país bem governado, ou só governado, não fez mossa em parte nenhuma.
Porreiro pá.
28.7.17