UM FUTURO BRILHANTE
Por essa Europa fora (e não só) começam a adensar-se as nuvens que pairam sobre nós. Desde o Royal Bank of Canada, que diz, com a clareza dos cristais, que a descida da confiança só parará se Costa se demitir, até aos mercados onde os juros da nossa dívida a dez anos são já o dobro dos da espanhola, passando pelo facto de a nossa dívida estar em contraciclo com a dos demais países periféricos, tudo nos anuncia a tempestade, seja com um governo de gestão, seja com a vitória das trafulhices eleitorais do PS.
É claro que a malta que não vê para além do próprio umbigo – há disso aos pontapés – quer é ouvir os conspiradores dizer que vão repor tudo o que é salário e pensão, aumentar uma data de subsídios, etc., numa bebedeira de despesa sem solução imaginável. Enquanto os tipos não caírem, sempre entram mais uns tostões cá em casa, e o resto é conversa.
A estupidez é sempre tão perigosa como primária. Dívida, o que é isso? O Jerónimo já disse, apoiado pela Catarina e com a silenciosa aprovação do Costa, que o défice é coisa para ir para os 4% sem problema nenhum. A Pátria é soberana e independente, não se subordina a detalhes desse tipo, nem a banqueiros ou mercados.
Dona Marine é da mesma opinião, o facho da Hungria anda mais ou menos pelo mesmo tipo de pensamento. Les bons esprits - agora com a companhia do Costa e o aval do Centeno e do Galamba - se rencontrent, não é?
30.10.15