UM MUNDO PSICOPATA
Anda meio mundo afogado em elogios ao senhor Assange, um psicopata, um esquizofrénico sem ponta de moral, um tipo que se mascara de velhinho e se atira para o chão quando a polícia o vai buscar, um exibicionista inveterado, um tarado sexual, uma porcaria humana.
O bandido é o orago de muita gente, consoante os interesses de cada um. Por exemplo, um outro psicopata, um tal Trump, que lhe teceu elogios quando lhe convinha, agora odeia-o porque terá cuspido alguma coisa menos conveniente.
Modernamente, os fins passaram a justificar os meios, na medida em que os vícios persecutórios passaram a ser o pão nosso de cada dia, potenciados pelas redes sociais e cultivados por accéfalos media.
O senhor Assange é, com uma brutalidade evidente, um sinal da ruína de valores cujos substitutos ainda ninguém concebeu. Os nossos dias são os do fim de referências, princípios valores que se julgaria importantes e que “guiavam” as pessoas decentes. O problema é que, em vez de, no seu lugar, alguma coisa de melhor ou de mais válido surgisse, vivemos no vazio. Não há novos filósofos, nada de fundo, vivemos de comentários, tudo se passa ao correr do mais imediato.
Como a esperança é a última a morrer, digamos que, com o tempo, talvez se saia disto sem sofrer as consequências que, hoje, são previsíveis.
14.4.19