UM PARZINHO DE TRUZ
Sobre o Pinto se Sousa e o Mário Soares já se disse tudo. Nada de novo, de um e outro lado.
Ambas as personalidades estão desde há muito classificadas na cabeça da maior parte das pessoas. Há, no entanto (há sempre), aquela faixa de gente que não sabe lá muito bem o que pensar. Está no seu direito.
Estava. A partir de há uns dias, deixou de haver tal direito, ou deixou de haver desculpa para o seu exercício. Quem ainda não percebeu quem são, na verdade, tais criaturas, ou é completamente burro ou tem alguma coisa a esconder.
Pinto de Sousa foi-se safando de uma boa dúzia de alhadas, umas patentemente provadas, como os exames ao Domingo e demais série de conexas trapalhices, outras “esquecidas” com os favores de uma justiça “favorável”, como o caso das escutas, outras ainda que, embora patentes, evidentes, incontornáveis (a TVI, a PT, o Figo, o BCP...), não foram julgadas suficientes para procedimentos de maior, eventualmente por “influência” da política socialista. Agora, por muitos sousas tavares e muitas claras ferreira alves que por aí asneirem e asneiem, não é mais possível tapar o Sol com a peneira. Qualquer que seja o resultado final – calcula-se a artilharia que por aí vai surgir - da história do preso 44, ou Inocêncio Pureza como dizem ser conhecido em certos meios, já não haverá nada que o possa ressuscitar.
Mário Soares já nem da desculpa da idade se pode valer. Ter alguma consideração por tal e tão rasca parlapatão é, de há muito para muitos, desde ontem para todos, uma impossibilidade humana e técnica.
Será preciso que o país desista de si próprio para que algum destes dois indivíduos possa voltar a ser admirado por alguém que não seja, ou completamente parvo, ou igual a eles.
27.11.14
António Borges de Carvalho