UM RATO DOS CANOS
Parece que há quem sugira que o repugnante Pacheco Pereira deve sair do PSD. Daqui lanço um angustiado grito de alarme; que ninguém o expulse, que ninguém lhe mova um processo, que ninguém premeie a moral rasca que o anima dando-lhe tal cavalaria!
Diria: deixem-no apodrecer por aí, se ele não estivesse já podre, tão podre que o facto de não sair do PSD por sua livre vontade, ou por algum resto de dignidade que ainda não tenha com ele apodrecido, chega para denunciar o mau cheiro.
Deixem-no andar a lamber os tamancos da tipa do BE, deixem-no dançar a conga nos comícios do Nóvoa, deixem-no representar o PS na administração de Serralves, deixem-no arrastar-se por onde gosta. Cada passo que dê, cada passo que dá, cada fidelidade que insinua, só contribuirão para o pôr onde merece: nos canos onde procura as ratazanas que o louvam. Deixem-no nos braços do Comité Central (quem diria?), a tecer loas ao Cunhal.
É bom que não seja corrido do PSD, não porque não o merecesse, mas porque nem isso merece. É difícil ignorá-lo, como não se ignora o anofeles, a drosófila melanogaster ou a hiena.
Mas façam o possível por considerar que, como pesssoa humana, não existe, já que é tão difícil aceitar que pertença à espécie.
14.12.15