UMA NOJEIRA
À lista das exigências que o PS faz à coligação poder-se-ia dar o nome de “bíblia da má fé”. O tal Centeno, encarregado da redacção dos “mandamentos”, tido por alguns como “liberal”, não passa de um pau mandado do Costa, ao serviço da sua febre esquerdista. O que se lê na proposta poderia resumir-se em meia dúzia de palavras: não queremos acordo nenhum, estamos feitos com o PC e o BE, e acabou-se.
O tal Centeno, à cabeça de um plantel de idiotas, “quantificou” há tempos, a partir de dúzias de ovos no rabo da galinha, uns números miríficos, onde os resultados estarão certos, mas as parcelas erradas. O Costa não percebeu nada, como está, à saciedade, demonstrado. Mas é coisa que não o perturba: o que ele quer é ser PM, com as eleições ou contra as eleições, à custa seja do que for, até do próprio partido. As “negociações” com a Coligação são o raminho de salsa na salada vermelha que magicou.
Desta feita, mais uma vez sob a batuta do Centeno, pariram um documento onde negam tudo o que afirmaram no “documento macro-económico”, isto é, nem uma palavra, mesmo aldrabona, sobre as receitas que pagarão as astronómicas despesas que ora fingem propor, com o evidentíssimo e solitário objectivo de acabar com a Coligação e com o resultado das eleições. Não será bem assim: na “proposta”, capeada por uma missiva digna dos carroceiros que são, quem tiver mais que dois tostões vai pagar muito mais: não chega, é certo, mas é a receita do leninismo aplicada aos nossos dias: dar cabo de quem ainda tem algum, a favor, não dos que não têm, mas da destruição da sociedade em geral. Tanta conversa sobre a “Europa”, e propõem a completa subversão dos compromissos que dizem aceitar!
Com a sua proverbial calma e boa educação, Passos Coelho só tem uma resposta a dar: vão pentear macacos.
Haja o que houver, o PS está acaminho da implosão. Uma questão de médio prazo, é certo, mas um médio prazo que vai causar problemas a perder de vista.
Dará um certo gozo ver o PS desaparecer, ou escavacar-se. O pior é o resto.
17.10.15