USQUE AD?
O SNS, Serviço Nacional de Saúde, é apresentado pela propaganda como um ex-libris do socialismo nacional, republicano, maçon, socialista e laico. É facto que a sua primeira versão foi elaborada pelo seu chamado “pai”, o já falecido António Arnaud, e não foi aprovado pela chamada direita. Mas também é facto que foi essa direita quem, com Cavaco Silva, o pôs a funcionar e o desenvolveu, promoveu e viabilizou. E também é facto que, durante os anos mais difíceis - fruto da falência do país que o PS fabricou -, sob o governo do PSD, o SNS se manteve sem problemas de maior gravidade, apesar da não haver a vigilância “paternal” da esquerda.
Voltou o PS ao governo, desta vez com aderentes, ao que se diz mais à esquerda. Em quatro anos, a degradação do serviço, pode dizer-se, quase bateu no fundo, ninguém sabendo, muito menos o segundo governo socialista ora em mandato, como se poderá sair da crise em que o primeiro o meteu. Não vale a pena descrever o indescritível. Basta ler os jornais, ouvir as rádios, ver as TV’s, mesmo sabendo que, quase todos os media, são apoiantes do PS e seus sequazes.
A geringonça, com o apoio cúmplice do senhor de Belém, em vez de tratar das pessoas, tratou de fabricar uma nova lei de bases que para pouco ou nada servirá para além da satisfazer a sede de estatismo, aliás confessa, das esquerdas. O único tema de discussão poítica que tal lei motivou foi o de proibir ou não as negregadas PPP’s da saúde e de perseguir e desacreditar caninamente os resultados por elas obtidos. Um homem que, apesar de tudo, tinha alguma sã intenção, foi corrido e substituído por uma inqualificável senhora, cuja brutal incompetência está, todos os dias, escarrapachada por aí. Mas tal senhora tem, para as esquerdas, uma excelsa qualidade, que é a de confessar, de viva voz, que o que a move são “razões ideológicas”. Deve ser por isso que continua no poleiro.
São essas razões, não a saúde das pessoas, o que interessa. Não importa que os hospitais privados do SNS, vulgo PPP’s, apresentem invejáveis resultados, tanto em serviços às pessoas como em vantagens económicas, e não só, para o Estado. As “razões ideológicas” ultrapassam qualquer conveniência pública, mesmo que com prejuízo da saúde dos cidadãos.
É assim. Ao mesmo tempo que se consideram pais e donos do sistema de saúde, os partidos de esquerda destroem miseravelmente a sua “propriedade”, desprezam os utentes, põem as pessoas no fim da linha, arruinam o que outros, que não se gabam de ser pais nem donos de coisa nenhuma, laboriosamente construiram.
Desde que sejam as esquerdas a mandar, tudo bem, mesmo que tudo se vá arruinando aos poucos, ou aos muitos. Escolhem o mais caro, o menos eficiente, desde que não haja privados, desde que a miserável ideologia estatista que os anima seja salvaguardada, por muito mais importante que a prestação de serviço públicos de saúde.
Até quando?
7.11.19