VENDER A ALMA AO DIABO
Será o poder da frustração, da vingança, da maldade, do desvario psicológico, da idade, o que fez de Manuela Ferreira Leite a horrorosa harpia em que, nos últimos anos, se transformou? Ou tê-lo-á sido sempre?
Perguntas que ficam sem resposta, ou para as quais o seu irmão gémeo Pacheco Pereira talvez tenha resposta. No que diz respeito ao IRRITADO, as perguntas acima, se formuladas a respeito deste, são mais ou menos as mesmas.
Para formar um trio de estalo, aí temos o Morais Sarmento, transfigurado em servo do Costa e da extrema esquerda.
Bem unidos na tramóia de Rui Rio - arregimentação de filiados a viver aos magotes em casas que não existem, exploração de um “nortismo” bacoco, ausência de estratégia nacional e de propostas políticas outras que não a da servidão - esta trempe está objectivamente unida com o chefe num só desejo, o de transformar o PSD em bengala do esquerdismo vigente, o de pôr de lado uma possível alternativa política, o de trair os portuguesas que não se reveem no poder espúrio do esquerdismo institucionalizado.
Há um bom par de anos (não sei se já falei nisto), o embaixador da RDA convidou-me para uma conversa na respectiva residência, um andar miserável e mal cheiroso ali para os lados da Fonte Luminosa. Objectivo: convencer-me que a RDA era uma república democrática, onde até havia um partido democrata cristão que aceitava o caminho para o socialismo radical e os métodos “pluralistas” do centralismo democrático.
No fundo, mutatis mutandis (os tempos são outros, mas são o que mudou), a realidade é a mesma: há um partido que é proprietário da república, do regime, dos portugueses. O outro, o que podia pôr isto em causa, anuncia orgulhosamente que se propõe ajudar o primeiro a continuar a sua obra de destruição de qualquer alternativa que não passe pela continuidade do poder esquerdista, que hipoteca e destrói um futuro não tão longínquo quanto se pensa, que já vai minando não poucos sintomas da liberdade restante ao mesmo tempo que sacrifica os serviços públicos às exigências da clientela eleitoral.
O novo chefe do PSD e o seu trio de principais conselheiros não deram, nem é expectável que venham a dar, qualquer sinal de inversão da promessa política de servidão que, ao longo da campanha foi repetida ad nauseam - percamos as eleições em 2019, ajudemos o Costa a ter maioria no parlamento.
Como se o Costa quisesse saber deles fosse para o que fosse!
A esquerda está bem definida, não precisa de ajudantes. O país precisa do centro e da direita como de pão para a boca. Mas o facto é que, ao contrário do que diz dona Manuela, não é preciso “vender a alma ao diabo”. Já está vendida, e a custo zero para o comprador!
16.1.18