VIOLÊNCIA DOMÉSTICA
Não me passava pela cabeça perder mais tempo a comentar os frenesis da dona Canavilhas. Mas...hoje não resisto. É que a palavrosa e excitada criatura se dedicou a zurzir essoutra maravilha fatal da nossa idade, o não menos excitado membro da camarilha que dá pelo nome de M.M. Carrilho. Fiquei tão encanavilhado como encarrilhado. Ou seja, de papo cheio de tanto rir.
A criatura, indignadíssima com a ideia, formulada pelo histérico, de expulsar o Pinto de Sousa do PS, desata a acusá-lo de uma quantidade enorme dos “mais vis e repugnates crimes públicos”, consubstanciados nos maus tratamentos que, diz a boneca dos sapatos 45, ele lhe proporcionava lá em casa. O facto de o Carrilho também se queixar das biqueiradas e das bebedeiras da mulher – uma matulona daquelas deve ser coisa de respeito... - não impressiona a Canavilhas. Pelos vistos, isso da violência doméstica só é crime se praticada pelos homens.
Como a proposta do fulano é a da expulsão do Pinto de Sousa “se vier a ser condenado”, a mulher desdobra-se em adjectivos. O Carrilho tem o “nome enxovalhado”, é digno de “descrédito”, praticante da “ignomínia da violência doméstica”, "não deixará de ficar marcado com o estigma da barbárie e da crueldade..." enfim, é "o símbolo do político sem respeitabilidade pública”. Expulsá-lo do PS mais se justifica por “traição”, por ter apelado activamente no voto contra o PS e feito outras tropelias. Como se atreve a propor a expulsão desse grande português modestamente intitulado Sócrates?
Para ela, o Carrilho deve ser expulso quer seja seja condenado quer não. O Manuel Maria era mais módico, já que parece que propunha a saída do Pinto de Sousa só se condenado. O que quer dizer que, para a insuportável mulher, o nome do dito não está enxovalhado, não é ignominioso, é digno do maior crédito e da mais alta credibilidade, nunca cometeu nenhum crime público, tem carradas de respeitabilidade pública, jamais gozou de enriquecimento sem causa, nadinha. Um santo.
Enfim, uma e outro vieram contribuir para a minha boa disposição desta noite.
Já agora, por falar de violência doméstica, porque não expulsar a Canavilhas da televisão, dada a violência, a pesporrência, o histerismo e a estridência frenética das suas bocas, que dão cabo da paciência ao mais paciente. Isto sim, é violência doméstica pública e notória, capaz de pôr uma pessoa em estado de coma nervoso.
22.4.15